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Novos modelos de escolas para o século XXI – PARTE 2: as dimensões da transformação educacional

Atualizado: 9 de set. de 2019

A transformação educacional passa por diferentes aspectos, que precisam ser alinhados sob um objetivo maior.


No post passado, refletimos um pouco sobre quem é a atual geração de alunos e alguns de seus principais traços e peculiaridades. Sabemos que a geração Alpha é uma geração que está inserida no contexto tecnológico, é inundada de informações, busca feedback imediato e constante e, além de terem uma expectativa de vida centenária, encontrarão um mercado de trabalho completamente transformado.

Para pensarmos sobre como podemos maximizar a experiência de aprendizado desta geração de forma a melhor prepará-los para o futuro que os espera, precisamos notar que esta questão envolve diferentes facetas. A instituição ‘Escola' é um mecanismo complexo e composto de muitas partes críticas que precisam funcionar em harmonia para atingir bons resultados.


Neste mecanismo, o elemento básico e foco de muitas discussões é, sem dúvidas, o CONTEÚDO. O que deveria ser ensinado à criança do século XXI? Quanta responsabilidade e autonomia a própria criança deve ter na decisão dos conteúdos que mais fazem sentido para o seu processo individual de aprendizagem?


E uma pergunta que muitas vezes surge na reflexão sobre conteúdos é : “qual a finalidade de ensinar determinado conteúdo ao aluno?”. Esta pergunta leva ao segundo elemento que identificamos neste conjunto: HABILIDADES. Embora, muitas vezes, olhemos para os conteúdos como o tema central na discussão do ensino, eles podem em certos contextos desempenhar um papel de meio para o desenvolvimento de habilidades cognitivas e não cognitivas, que são fundamentais no processo de aprendizagem e de formação de indivíduos. Neste contexto, é essencial debatermos sobre quais são estas habilidades e como desenvolvê-las dentro do ambiente escolar.


A forma como estes conteúdos são entregues também desempenha importante papel na formação do aluno. Por isto, o terceiro elemento da engrenagem escolar são as METODOLOGIAS. Estamos na era da informação, inundados de conteúdo, e sabemos que a forma como trabalhamos estes conteúdos é que proporciona ou não o desenvolvimento de habilidades e a aprendizagem em si.


E como não podemos construir nada sem as ferramentas apropriadas, o quarto elemento que levantamos é a INFRAESTRUTURA. Como deveríamos pensar e preparar o espaço para maximizar a experiência do aluno? Quão dependentes somos do espaço físico para promover o ensino? É possível ensinar e aprender sem a infra-estrutura adequada?


Por fim, devemos considerar que nenhuma transformação acontece sem pessoas. No contexto escolar, temos, além dos alunos (sobre os quais refletimos no post anterior), três grandes ATORES: os EDUCADORES, os GESTORES e a FAMÍLIA. Cada um deles desempenha papel essencial e insubstituível nesta equação.


Transformar o modelo educacional passa por entender como podemos combinar cada um destes elementos de maneira sinérgica e equilibrada em prol do aluno, cientes de que cada parte deste todo é de vital importância e de que pensar esta mudança de forma fragmentada ou desequilibrada seria ineficiente e de resultados provavelmente frustrantes. Podemos, e devemos, analisar cada uma das partes separadamente, mas sem perder o norte e a visão do todo, e de como integrar as transformações em cada esfera em um modelo único e robusto.

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