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  • Foto do escritorLeonardo Freund

4 habilidades que não ensinam nas escolas: Networking (parte 3 de 4)


Estamos chegando na terceira parte da nossa série 4 habilidades que as escolas não ensinam! E neste post, falaremos sobre o networking, uma das ferramentas mais importantes hoje em dia! Com a facilidade das conexões digitais, podemos alcançar muito mais longe se tivermos os parceiros certos!



Networking


Todo mundo já ouviu falar sobre esse assunto, sabemos que fazer contatos profissionais são importantes, conexões que facilitem o nosso trabalho sendo útil tanto para nós, quanto para quem está nessa parceria. Mas será que de fato em sala de aula, ou em nossas vidas, nós desenvolvemos essas conexões de forma saudável?


Quando criamos relações - sejam elas de amizades, profissionais ou amorosas - estamos fazendo conexões e todas tem um propósito, motivo e interesse para existirem. Seja para divertir, conversar, ter companhia, viajar, construir uma família, um projeto, aumentar as vendas e por aí vai. E elas nos fazem “alcançar” mais longe, como diz o ditado popular “sozinhos fazemos mais rápido, em grupo vamos mais longe”.



Imagine que você está precisando resolver um problema, talvez precise de ajuda para montar uma loja mas não entende nada sobre negócios, despretensiosamente, conheceu uma pessoa em um ponto de ônibus, pois o transporte estava demorando demais, e você acaba puxando um papo sobre essa sua necessidade. Sem querer essa pessoa tem um primo que tem um negócio e ela se propõe a apresentar vocês dois para que você tire algumas dúvidas. Pronto, está feita uma conexão. E quem sabe, nessa parceria, você é especialista em algo que a outra pessoa estava precisando de ajuda. Nunca se sabe!


Ok, é apenas um exemplo, bem genérico mas não deixa de ter o seu valor, não é mesmo?! E sabemos tão bem dessas coisas e nas escolas mal falamos sobre isso. Ou, quando se fala, é daquele modelo clássico e cristalizado que mais incomoda do que ensina os alunos.

O famoso “Aprendam a trabalhar em grupo, porque quando vocês forem para o mercado de trabalho/mundo real, é assim que funciona...”, convenhamos, não é mentira mas isso não é enaltecer a importância das conexões e relações humanas, é mais uma forma de falar algo que não se sabe explicar de forma prática e eficiente!


E entenda, não é uma crítica direcionada a você, ou ao seu professor, ou ao professor dos seus filhos, enfim, é simplesmente como é passado em muitos lugares e por gerações, em diversas situações, onde te ensinaram assim, é reproduzido assim e muito provavelmente as crianças, ao crescerem, podem acabar fazendo o mesmo! E este texto é exatamente para a gente ter um momento de reflexão, nos questionarmos e encontrarmos pontos que possamos enaltecer e transformar essa ideia em um diferencial na nossa prática diária, seja no quesito profissional, ou pessoal!


Então, por que não elaborar atividades e vivências em sala de aula onde se desenvolva o trabalho em equipe de fato? Realizar trabalhos que possam trabalhar entre grupos e não somente com o próprio grupo. Onde se valorize o processo e as habilidades socioemocionais envolvidas - que muitas vezes estão presentes e são esquecidas, ou simplesmente não se é dado o devido valor - sejam enaltecidas e discutidas em sala de aula após sua realização, valorizando o que se foi vivenciado ao invés de dar tanta

importância e peso somente aos resultados.


Muitos treinamentos propõem jogos e dinâmicas onde os grupos recebem o seus materiais sem saberem que está faltando uma, ou outra peça. Tudo para que, entre o próprio grupo, percebam que podem pedir ajuda para os outros grupos participantes. Isso fortalece a comunicação e também ajuda o desenvolvimento de laços entre áreas diferentes de uma empresa, ou equipes, por exemplo. Por que não implementar nos trabalhos escolares, nas aulas mesmo, tarefas que adicionem experiências que os alunos levarão para a vida toda? Correlacione um conteúdo da disciplina com algum aprendizado que possa ser significativo além da sala de aula.


Pare um minutinho e pense sobre isso:

Quais são as lembranças incríveis que você tem sobre a sua época de escola/cursinho/faculdade? Elas são voltadas ao conteúdo das disciplinas, ou são mais para um lado de experiências de vida e formas diferentes de enxergar o mundo? Não vale “roubar”, tem que ser daquelas memórias que realmente te marcaram profundamente! Um minuto de qualidade para acessar as emoções e sensações que essa lembrança traz. Busque essas informações e volte para a leitura deste texto.

Conseguiu? Quais emoções vieram? Qual a sensação de lembrar disso tudo? Essas lembranças tem cheiro? Lembram uma cor? Se emocionou? Vieram lembranças negativas? E por aí vai. Um pequeno momento do passado, pode ter te feito escolher a profissão que você tem hoje em dia, ou ter te ajudado a perceber que algumas coisas não valem a pena, fazendo com que você buscasse algo que tivesse mais a ver com você. São infinitos desdobramentos que podemos imaginar e, se as coisas acontecem assim e nos marcam tanto, por que não garantir mais experiências marcantes e positivas na sala de aula, ou com a sua equipe, ou com os seus filhos/irmãos?


Voltando...


Propor atividades que possam desenvolver as diferentes formas de enxergar a importância das relações humanas é de extrema importância mas vale lembrar que é interessante que não se tenha o foco somente nas conexões profissionais. Networking é importante mas se não nos preocuparmos em desenvolver a percepção de que o bom relacionamento, em todas as áreas de nossa vida, é importante, talvez estejamos reforçando a ideia de que se não for para ganhar algo em troca, não vale o esforço.

O que pode vir a criar uma mentalidade de que as relações que não sejam profissionais, são descartáveis, que atenção, carinho, estar presente verdadeiramente, é frescura. E, pense comigo, quantas pessoas que você conhece são ótimas profissionalmente mas péssimas nos relacionamentos pessoais? Ou o contrário. Pais, professores, líderes (de equipe, da casa, da sala, da própria empresa, da própria vida), todos somos formadores, exemplos (tanto para o bem, quanto para o "mal"), podemos influenciar as novas gerações (e por mais que você não queira essa responsabilidade, você está fazendo isso direta, ou indiretamente), então, por que não fazer de forma incrível e inspiradora?

Nós do MUNDO4D, estamos o tempo todo nos questionando, desenvolvendo ideias, modificando e testando abordagens e atividades antes de levarmos para a sala de aula, pois o mundo se modifica e caminha tão rápido que, se não nos atualizamos constantemente, podemos ficar para trás! Afinal, além da LIGA MAKER, com atividades que utilizam materiais reciclados em sua construção, trabalhamos também com programação de aplicativos, jogos e animações com os alunos e, como já sabemos, a área de tecnologia, em geral, só de piscar os olhos, já tem novidade, modificações, atualizações, transformações e por aí vai! Se não nos preocuparmos com a excelência de nossos produtos, ficamos para trás, se não nos preocupamos com as novas formas e abordagens para cada idade e público, podemos frustrar experiências, então é pensando na qualidade e no desafio que nos motivamos e seguimos sempre em constante transformação!


É difícil? Claro que sim, ninguém falou que é fácil! Mas é um trabalho que tem que ser feito! E ter a satisfação em receber, de nossos alunos, vídeos e mensagens nos mostrando o que construíram, nos dá aquela sensação de que estamos no caminho certo, sabe?!


E falando sobre networking, conseguimos falar sobre aulas mais significativas e marcantes, assim como devem ser as relações! Um revolução não acontece do dia para a noite mas podemos contribuir muito para um futuro melhor para os nossos pequenos (e consequentemente para nós mesmos)! Pense nas relações mais próximas, na qualidade e depois vá ampliando para outras relações e diferentes papéis!

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