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Storytelling na Educação: um caminho em direção à aprendizagem significativa



Era uma vez, em um lugar distante, muito distante, professores que contavam histórias criativas, intrigantes e imersivas que despertavam o interesse e a mente dos seus alunos e os incentivava a aplicar os conceitos escutados de modo prático e realista. Essas histórias acenderam uma luz, que formou memórias duradouras para que pudessem ser aplicadas na resolução de problemas cotidianos, garantindo a sobrevivência e transmitindo essa sabedoria a outras gerações...


A habilidade de contar histórias não é recente, ela existe desde os primórdios da humanidade. É através dela que conseguimos manter tradições e culturas. Apesar de estar presente a muito tempo na sociedade em geral, a técnica de Storytelling tem ganhado imenso destaque em meios empresariais e educacionais. Na plataforma Coursera, por exemplo, existem mais de 10 cursos voltados ao ensino de Storytelling, ofertados por grandes universidades como a University of California e a University of Houston. Essa técnica busca despertar atenção e destacar os valores de uma instituição; e já é muito utilizada por milhares de empresas para disseminar cultura, engajamento, valores e liderança dentro e fora das organizações. E no meio educacional as histórias não são apenas para narrativas literárias, mas podem ser usadas para ilustrar até os conceitos mais complexos e abstratos (por exemplo, matemática e ciências). Mas, por que storytelling faz tanto sucesso?


Simples: um acontecimento bem narrado pode gerar empatia, despertar uma identificação e atuar no emocional das pessoas. Isso explica porque ficamos tão conectados a personagens e enredos fictícios ou reais de séries, filmes, etc. Agora, se essa comoção acontece até com histórias de pessoas que não conhecemos, imagina o poder que essa técnica pode conferir às escolas que, com tantos acontecimentos diários, têm em suas mãos um material riquíssimo para transformar a comunicação tradicional entre diretores, pais e professores em um relacionamento mais próximo e afetivo? Por isso, não é à toa que muitos gestores escolares passaram a dar atenção e a estudar o uso do storytelling como estratégia de captação e retenção de alunos.


Como usar o storytelling na minha escola


As instituições de ensino possuem uma ampla rede de aprendizados e histórias adquiridos com a vivência cotidiana. Seja a conquista de um professor, a história de superação de um aluno ou a origem do prédio da escola. Todos esses fatos rendem bons enredos para criar e compartilhar conteúdos estratégicos de forma criativa e empática. Vejamos duas abordagens desta técnica:


Em Sala de aula


Uma das primeiras relações de toda criança com o storytelling é dentro da sala de aula, através da abordagem dos próprios professores. A maneira como os professores desenvolvem suas ideias por meio de exemplos, alusões e histórias são na maioria das vezes, o que define o sucesso da aula e da captação da mensagem pelos alunos.

Durante seu tempo de estudo básico, todo mundo tem um exemplo de um ou mais professores cativantes, capazes de fazer a turma rir, se surpreender e até refletir. São aquelas aulas que parecem sempre passar mais rápido e que fazem os alunos se engajarem até em matérias que eles não têm tanta afinidade.

É muito provável que esses professores estejam usando recursos de storytelling e nem sempre possuem consciência disso!

Na prática estamos falando não só de uma narrativa atraente e convincente que estimule elementos como o humor, o suspense e a surpresa por exemplo, mas também de técnicas de apresentação como ritmo da fala e entonação da voz, além do uso de elementos de apoio como vídeos, imagens ou sons que estimulem a imaginação e imersão através dos sentidos.


No Material didático


O material didático permite usar o storytelling de forma abrangente porque diferente da narrativa do professor, que se apoia no improviso e apresenta o desafio da individualidade de cada docente, aqui é possível pensar em um método planejado. Nesse caso, provavelmente a narrativa terá uma continuidade a longo prazo ao explorar personagens e cenários que acompanham o aluno durante toda uma trajetória no mínimo ao longo do ano.

Indo além dos formatos de livros e apostilas tradicionais e pensando no processo de transformação que o ensino está passando do papel para o digital, os recursos digitais online podem se tornar extremamente ricos e ilimitados. O audiovisual permite que histórias sejam contadas de forma mais imersiva por meio de imagens e sons interativos e pode ser utilizado adjacente à técnicas como a gamificação.

Para quem ainda não conhece, a gamificação utiliza elementos de jogos como desafios fases de evolução e pontuação, para atingir objetivos específicos, seja nos estudos ou outros contextos próximos da realidade. Materiais didáticos online podem ser uma ferramenta auxiliar muito útil para complementar os estudos e estimular o interesse dos alunos através do Storytelling e da gamificação.


Para professores, é possível investir em treinamento. Já para os materiais didáticos, geralmente o caminho é escolher aqueles que possuam essa proposta como base. O importante é a escola ter a percepção de que sempre será possível melhorar a forma de transmitir o conhecimento de uma forma mais leve e por que não, divertida?


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